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Alguns senões à visão online da Resolução da ONU que condena a violência religiosa





A informação divulgada pela ONU

O Centro de Notícias da ONU divulgou nota informando que o Conselho de Direitos Humanos, aprovou, no último 26/mar., resolução que rejeita a violência psicológica, física e os ataques contra as pessoas com base na religião ou crença professada. Segundo o Centro, por 23 votos a favor, 13 contra e 11 abstenções, a referida resolução também condenou a instigação de tais atos contra lugares santos, símbolos religiosos e personalidades veneradas de todas as religiões. 
O texto, cujo teor original não foi divulgado, ou não consegui localizar, expressou preocupação com o que chamou de “campanha de intensificação e difamação de religiões”, incluindo a forma como minorias islâmicas teriam sido tratadas após os ataques de 11/set., tendo, inclusive, sofrido com normas estabelecidas especificamente para elas. Lamentou que o Islã esteja frequentemente associado com violações aos direitos humanos e ao terrorismo.
Através da resolução, a ONU pede a todos os países que tomem as medidas necessárias para promover tolerância e respeito a todos os credos e religiões.


Alguns aspectos levantados pela visão da mídia online

O Cruzeiro On Line, em meu entendimento, comete, inicialmente, um deslize, no mínimo, capcioso, ao relatar o placar da aprovação da resolução, quando omite a quantidade de abstenções. 
Considerando-se o texto divulgado pela ONU como fiel ao inscrito na Resolução, o Cruzeiro comete outro deslize, desta vez de significado: “O documento pede que governos em todo o mundo adotem leis protegendo as religiões contra críticas” (grifei). 
A notícia, ainda, ressalta o fato de a proposta ter partido dos países islâmicos, o período transcorrido da sugestão (dois anos) e, sutilmente, em parágrafo distinto, relembra os protestos ocorridos quando da divulgação de caricaturas do profeta Maomé por um jornal dinamarquês.
Segundo o noticiado, a proposta foi apresentada pelo Paquistão com o aval da Venezuela. Sintomático, não?! E diz mais a notícia: “Entre os países que votaram a favor estavam muitos dos africanos, além de Cuba, Venezuela e países islâmicos. A Europa votou em peso contra a resolução, alegando que a medida poderia abrir espaço para uma maior censura da liberdade de expressão e liberdade de imprensa. (...) Mas o Itamaraty evitou votar contra a medida e explicará seu voto."

Já a Ansa - Cidade do Vaticano (divulgação do UOL Notícias), através de seu observador, mos. Silvano Tomasi, votou contra a resolução. Segundo Tomasi – “(...) a Santa Sé votou contra (...) por considerar que a norma pode fomentar discriminações contra minorias de credo. (...) existe o risco de que o conceito de difamação seja manipulado por governos para coibir minorias religiosas em uma determinada sociedade.”
Bom, se levarmos em consideração o noticiado pelo Cruzeiro On Line, a Santa Sé não está equivocada.
Segundo ainda a divulgação da UOL Notícias, o documento pede aos governos que atuem contra “atos de ódio, discriminação, intimidação e coerção. O texto, no entanto, menciona somente ofensas ao islamismo”. 
Monsenhor Tomasi, afirmou que o cristianismo é a religião que mais sofre com a difamação no mundo. “Os cristãos, como está documentado, são [sic] o grupo religioso mais discriminado. Fala-se de 200 milhões de cristãos, de uma denominação ou de outra, que se encontra em situações de dificuldade”, sustentou. 


Não vou entrar no mérito. Fica a seu cargo, meu/minha amigo/a a análise final.

Comment (1)

Oi, finalmente fazendo uma visitinha aqui. Inusitado, porém brilhante a ideia do cemitério espanhol. Transformar a dor, em algo singelo, memorável e porque não? bonito! Ah, claro, amei a citação de Einstein no início do blog, há quem diga que ele não acreditava em Deus, porque não seguia, alguma religião, acho que a frase em seu blog, diz tudo. Acreditar em Deus independe de religião. E, independente de sua crença, mais que físico brilhante, Einstein era um excelente humanista. Abços

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